- Foto de Dr. Alois Alzheimer
Informações de Cuidadores de Idosos
Você sabia que a doença de Alzheimer é a doença mais cara do mundo? Os
medicamentos são caros, os exames de imagem e de laboratório caríssimos,
acompanhamento com fisioterapia, fonoaudiologia, nutricionista,
enfermagem, terapeuta ocupacional são dispendiosos... Plano de saúde,
médicos...
Algum membro da família tem que parar de trabalhar para cuidar do idoso
ou idosa com Alzheimer - reduz renda familiar. Geralmente, contrata-se
de 1 a 2 cuidadores profissionais: salários, décimo terceiro, férias,
INSS..,
Os Estados Unidos têm 5 milhões de idosos com
Alzheimer. Do orçamento de 1 trilhão de dólares para o setor de saúde,
somente a doença de Alzheimer consome 10%, ou seja 100 bilhões de
dólares! Presidente Barak Obama está preocupadíssimo com esta situação e
gasto!
E no Brasil? Temos 1,5 milhões de idosos com Alzheimer.
Quem paga esta conta caríssima? Os governos federal, estadual e
municipal? Brincadeira!
Quem paga a conta do Alzheimer
brasileiro são os FAMILIARES BRASILEIROS! Muita coisa tem que mudar.
Daqui há menos de 20 anos teremos perto de 3,5 a 4 milhões de idosos com
Alzheimer. Estamos preparados para tantas necessidades de recursos
humanos de saúde e recursos financeiros?
NH/20/06/12
Não
só pela doença de Alzheimer, mas pela crescente população idosa no
Brasil, que já conta com 21 milhões de idosos, segundo o IBGE, os nossos
serviços de saúde encontram-se sobrecarregados e pouco capacitados para
atender a demanda de pessoas mais idosas.
Abaixo, alguns números que
impressionam:
- 63% das consultas ambulatoriais são para pessoas idosas
- 48% dos internamentos hospitalares são de idosos
metade das vagas de UTI são preenchidas por idosos
- 80% das consultas domiciliares e atendimentos de home care são para idosos!
É urgente, é premente, é muito importante que a sociedade brasileira
acorde para essa gritante realidade:
NÃO ESTAMOS PREPARADOS PARA CUIDAR
DE NOSSOS IDOSOS, PRINCIPALMENTE OS NOSSOS IDOSOS COM ALZHEIMER!
Nossas famílias que cuidam de seus idosos com Alzheimer estão se
virando sozinhas, sem qualquer tipo de auxílio da comunidade ou do
Estado Brasileiro. Nossas famílias e nossos idosos com Alzheimer pedem
socorro! Temos pouquíssimos profissionais médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, bacharéis em gerontologia, assistentes
sociais, dentistas, educadores físicos, nutricionistas, psicólogos e
cuidadores, dentre outros, CAPACITADOS para fazer frente a tão grande
demanda!
Se hoje, com “APENAS” 21 milhões de idosos no Brasil, a
situação já é caótica, o que será daqui há 15-20 anos, quando teremos
35 milhões de idosos? Quem vai cuidar de mim, de você, de todos nós,
quando a nossa velhice também chegar?
NH/21/06/12
Imaginem cuidar de Alzheimer no Brasil?
A
doença de Alzheimer é um dos principais problemas de saúde pública do
século XXI. Entre 24 e 37 milhões de pessoas, em todo o mundo, já vivem
com a doença, ainda incurável, um número que pode chegar a 115 milhões
até 2050. Os países mais pobres sofrerão imensamente com esta
perspectiva, pois responderão pelo menos com 70% de todos os portadores
de Alzheimer.
A doença de
Alzheimer “é a mais grave crise no setor saúde e no setor social do
século 21″, declarou Daisy Acosta, presidente da associação Alzheimer’s
Disease International, sediada em Londres e entidade que congrega todas
as associações de Alzheimer de todo o mundo. A presidente Daisy Acosta
avaliou em 604 bilhões de dólares os gastos relacionados à doença em
2010, o equivalente a 1% do PIB mundial. “Se fosse um país, seria a 18ª
economia do mundo em termos de PIB”, observou.
Porém, as verbas
utilizadas para a pesquisa são mínimas em relação a outras doenças,
observou Bill Thies, da Associação Americana de Alzheimer: “Investimos
US$ 6 bilhões por ano na luta contra o câncer, US$ 4 bilhões contra as
doenças cardiovasculares e US$ 2 bilhões contra a Aids. Já a pesquisa
para a doença de Alzheimer movimenta apenas US$ 450 milhões”, apontou.
NH/22/06/12
O
Brasil está carente de profissionais que possam fazer frente a esta
grande demanda de idosos dependentes que já estão entre nós. O que é
pior: poderão dobrar no curto espaço de 20-30 anos! A pergunta, bem
colocada, é esta: quem vai cuidar de 4 milhões de idosos dependentes
daqui há 15-20 anos? Teremos geriatras, gerontólogos e profissionais de
saúde para atender toda esta demanda? Existe a preocupação real e a
iniciativa política de planejamento em saúde pública, voltada para os
idosos mais dependentes, principalmente o idoso com Alzheimer - a doença
mais cara do mundo?
Orientar adequadamente uma família que se depara com o fantasma da
doença de Alzheimer dentro de sua própria casa é igual a propaganda de
cartão de crédito – NÃO TEM PREÇO! E esta orientação, esta literatura,
esta preocupação de auxiliar e trazer informações de como cuidar melhor
de nossos idosos dependentes ainda é muito escassa. Pouco lemos, pouco
sabemos, pouco navegamos e ficamos perdidos.
NH/22/06/12
AVALIANDO A DEPENDÊNCIA DO IDOSO
Não
importa as doenças que o idoso e a idosa possam ter. O que não pode
ocorrer é a situação de dependência da família e de falta de autonomia.
Quando o idoso fica mais dependente, significa que muita coisa está
errada em sua vida. Significa que necessita de intervenção de uma equipe
gerontológica multidisciplinar (geriatra, fisioterapeuta, enfermagem,
fono, terapia ocupacional...) para reverter o quadro e reabilitar o idoso.
E quais são as atividades que mostram que o idoso está com sua
capacidade funcional muito comprometida, apresentando dependência
importante?
1- dificuldade de andar pela casa
2- dificuldade de controlar sua urina e fezes - incontinências
3- dificuldade de alimentar pelas próprias mãos
4- não conseguir tomar seu banho sozinho
5- não vestir sua roupa, sem a ajuda de outras pessoas.
Ao deparar com seu familiar idoso com uma dessas atividades bem comprometida, o geriatra deverá ser consultado.
NH/26/06/12